quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Conheçam Stereo33



Foi em seu próprio local de trabalho, o bar Canvas, onde aproveitava os intervalos para cantar com seu trio ”JoeZé e o Outro” que José Paulo Travagin (vocal) conheceu Felipe Kojake (baixo). Kojake que já havia sido residente em night clubes da cidade com o “2hars” resolveu com Zé e mais outro amigo, na época, formar uma banda que apresentasse um trabalho sério,

com músicas autorais, a Strike. Já com o nome definido, esses músicos sentiam que poderiam começar um trabalho consistente e com músicas autorais de qualidade. Um trabalho para ser levado adiante. Com a Strike conseguiramparticipar de alguns festivais de música independente e na sequência de fatos um imprevisto apareceu para mudar e recriar o caminho do grupo: obaterista Bruno precisou abandonar a carreira musical.
A partir daí, a busca por outro integrante começava e era insistente.
Precisavam de um baterista que pudesse manter viva a energia do grupo.Precisavam de um músico que atingisse a vontade que a Strike tinha, que era a de desenvolver música verdadeira, sem rótulos e sem cópias e que ainda, precisasse ser sentido, muito mais do que apenas ouvido.

Graças ao convite de Zé Travagin (vocal) e de Felipe Kojake (baixo) para montar um novo projeto, a Stereo33, foi que Alvaro “Wist” Neves Jr. (baterista) ultrapassou todos seus limites para voltar a faze
r o que mais ama na vida: tocar bateria. Isso por que na época, Alvaro havia recém perdido em um trágico acidente de carro um amigo e integrante de seu último trabalho, a banda EXTROMODOS. Uma história que para alguns pode parecer apelativo ao ser exposto, mas para Alvaro, foi muito, além disso.
Desmotivado por este acontecimento do destino, o baterista só voltou aos palcos graças a este convite, estabelecendo assim, os traços musicaisiniciais clássicos da STEREO33.

Para assumir as guitarras, os três chegaram a realizar testes com vários outros guitarristas na vontade de concretizarem um trabalho sério, onde todos os integrantes da banda vivessem e se dedicassem exclusivamen
te à arte da música. Um destes guitarristas ficou com a banda durante um tempo, mas
acabou decidindo por outra carreira e estilo profissional. Os três músicos decidiram, então, convidar Fabrício Bééh, (ex “Pogoboll”, ex “Cores de Flores”, ex “Batuque de Branco Doido” e “84GRAMAS”) para integrar a band
a.



Entrevista com a Banda Stereo33


Blog: Há quanto tempo vocês atuam no mercado musical?

Stereo33: O tempo é algo complicado. Eu (Alvaro) já tenho 14 anos de estrada e o Bééh(Guitarra) mais que isso. Em Curitiba, quando formamos a Stereo33 no final de 2004, todos os integrantes tinham um histórico com grupos independentes.
Aí foi fácil! Formamos a banda misturando a amizade + trabalho antigos,
nossos.

B: Qual a relação de vocês com a música?

S: Bem...ela é nosso dia a dia. Temos ela como expressão de vida e também como um belo trabalho super divertido. Junto do trabalho que precisamos ter para gerenciar a nossa carreira, sabemos que não é interessante virar apenas um 'trabalhador da arte', para que ao invés de 'criar arte', criemos
'artesanato', algo muito comum de bandas atuais, que apenas querem e são
focadas em aparecer o mais rápido possível, independente das criações
bizarras que façam.

B: Como vocês vêem o cenário brasileiro atual?

S: Olha...tá difícil analisar. Salvo grupos com personalidade que estão há
tempo trabalhando por ae no mercado independente ( que hoje já mudou o termo para 'auto produtor '), muitos novos expressam de forma confusa a sua música. Aliás: a em algumas bandas a música está em segundo plano.
O cenário atual exige dos artistas muitas coisas! Novos maneiras de falar
com a imprensa, de se vestir, de compor, de aparecer e de ser visto... temos em mente que por pior que o cenário esteja, sempre descobrimos através de muita busca, novos músicos e bandas interessantes que possam nos fazer sentir algo novo, quente e verdadeiro, musicalmente ( e não somente )falando.
Lembro: nunca falaremos mal de artista x ou y. Cada qual faz a sua arte (ou o artesanato) do jeito que achar melhor. Se a banda acredita e sente-se bem fazendo qualquer idéia, maravilha!

B: Quais são os projetos futuros da banda?

S: Uma banda vive de música, de conteúdo, de criação e provocação além, claro, de expressão musical. Após lançarmos nosso primeiro álbum 'HORA ZERO', temos
sempre procurado encontrar novas idéias que consigam provar a idéia da
Stereo: fazer som com vigor!
Lançamos há pouco tempo o clipe de 'CERTAS COISAS INCERTAS' (
http://www.youtube.com/watch?v=cBc4Py8PGHk), que tem sido bem visto e quisto pela galera da web. É uma idéia meio maluca originada do produtor que dá uma certa tensão e curiosidade nas pessoas que acabam por conhecer a banda através deste vídeo.
Na sequência, estamos preparando as bases de nosso segundo trabalho. Um novo disco sempre revigora e dá mais energia positiva pra banda!
Uma grupo musical não existe se não tiver pelo menos 2 discos. Sei lá... eu
quero ter uns 10, no mínimo.

B: O que a internet representa para a carreira de vocês? Ela é um meio facilitador?

S: É e não é! Mais é do que é! Ajuda a divulgar mas não muito a comercializar.
É tanta informação hoje em dia que é complicado querer que um empresário, dono de casa de shows e produtor conheça e goste da sua banda. Se ela é independente, o trabalho de repetição e de redundância pode acabar ficando chato. Divulgar sem parar acaba estressando o leitor. Ganhar na pentelhação é complicado.
Por isso, sem grana alta, fica difícil atingir do jeito certo o meio certo de divulgação. O que não pode é desistir. Aceitar os milhares de 'NÃO' e pensar que é assim mesmo. Muita gente desiste...não aguenta! Não consegue lugar pra tocar, não consegue ganhar cachê, não consegue se aprofundar no estudo do seu instrumento, não consegue comprar um bom instrumento, não consegue um monte de coisa. É assim...virou um mercado de trabalho. Para viver nele é preciso saber descobrir a hora certa, a pessoa certa e contar com um pouco de sorte também, mas, acima de tudo, ser profissional. Sem ser profissional, esqueça! Ser profissional na internet não basta! Tem que ser no palco. Ah antes e depois dele, também.

B: Um show marcante.

S: Todo show tem algo interessante pra ser contado. Um que foi
excepcionalmente especial foi o do festival Acorde Curitiba, um evento que
realizamos e conseguimos trazer todos os nossos ídolos locais (Curitiba)
para se apresentarem juntos, numa bela tarde de primavera! O clima...a
energia era muito boa e sentimos que algo bom estava acontecendo lá, com
aquelas mil e quinhentas pessoas.

B: Se vocês pudessem dividir o palco com alguém, com quem seria? E por quê?

S: Olha... cada um na banda tem o seu artista predileto. Tem muito artista
brasileiro e gringo nesta lista. Acho que dividir o palco com o Queens of The Stone Age seria mágico. Primeiro pq eles são mestres em criatividade e expressão e segundo, porque passam uma energia que desperta um nervosismo ancestral em cada um de nós! Algo de instinto, entende?

B: Quais foram às maiores conquistas até agora?

S: Manter o trabalho ativo sempre bem focado. Sem frescuras. Tocamos na melhor casa de shows de Curitiba semanalmente e isso muito nos honra! O Empório São Francisco <http://www.emporiosaofrancisco.com.br> é um espaço muito disputado por bandas e poder fazer parte da família deles é realmente muito legal.
Mudamos culturas também. Tocamos em lugares que não aceitavam artistas independentes autorais e devido aos contatos e persistência, conseguimos encaixar nosso trabalho próprio nestas casas. Isso também é uma vitória.
Estamos aí, trabalhando e quem sabe, construindo mais forças e espaço para uma nova safra de artistas que querem também mostrar seu trabalho.
Ir, passo a passo, aprendendo a viver com a música, imaginando atingir as
pessoas de maneira positiva, querendo passar algo positivo. Eu (Alvaro)
consegui patrocínios incriveis de instrumentos musicais que muito me ajudam.
É um grande marco pra mim, que sempre quis fazer um mundo musical maior e melhor para quem está começando a entrar nele. Sempre quis qualidade! Marcas reconheceram isso e viram que posso ajudar (ainda mais) contando com eles.

B: E as dificuldades?

S: Sempre rola. A nossa vantagem é que criamos modos de proceder, em
nosso trabalho. Cada qual faz sua parte. Dividimos as tarefas e isso
facilita comunicarmos o que queremos, onde quisermos.
O mercado de produção cultural cria dificuldades. Algumas casas de shows e night clubes querem (quase) sempre pagar cachês baixos. Para eles o artista é complemento e não atração. Dias atrás mesmo, quando fui tentar fechar um evento, discuti com o proprietário! Pedi o valor 'x' ( juro, não era tão alto ) e ele disse: - Pow...gastei 15 mil na fachada da casa... Não posso
pagar mais de R$ 500,00.
Ok. Uma coisa é tão importante quanto a outra, mas aí entro e vejo um palco minúsculo, sem técnico de som, sem luz, sem camarim, sem retorno para os músicos e sem nada que justificasse a presença de uma banda ali! Quer dizer: adianta fazer assim? Sim, adianta, pois qualquer banda que está começando adoraria pagar pra tocar no tal bar, já que a fachada é bonita e por não serem 100% músicos, aceitam ir se divertir e, além disso, convidar seus amigos para a noitada divertida.
Problemas de comunicação ( disse que disse ) também existem. Por isso, a
Stereo só trabalha com contrato. Temos também um esquema interessante e que sempre divulgamos que é o questionário para shows! Nele colocamos as necessidades, dúvidas, direitas e deveres (nossos e dos contratantes) para que o evento transcorra de maneira 100% saudável e equilibrada. Quanto mais informados estivermos, mais estimulante o trabalho fica. Quem quiser ter uma cópia para trabalhar com a sua banda, escreve pra shows@stereo33.com.br que enviamos ele, ok?

Importante. Exiga que o contratante preencha todo o questionário! Se não
rolar, não adianta!

B: O que vocês diriam para seus novos admiradores?

S: Queremos que todos se divirtam e sintam boas vibrações musicais. Escutem a Stereo33 e busquem conhecer a banda de forma completa. Não tenham
preconceito com nada novo. Quando conhecerem uma banda, pesquisem! Vejam o que ela faz, o que cria. Não é por que uma banda não segue uma tendência que ela não pode ser muito legal. Desperte-se para coisa novas. Abra os seus olhos.
Conheça sites, blogs, twitters e afins. Posso dizer que estou muito feliz
com as perguntas desta entrevista. Não conhecia o site mas fui atrás e me
interessei! Não são as mesmas questões de sempre. Já tivemos entrevistas de grandes canais de comunicação que são sempre repetitivos e chatos. Sempre querem saber pq o nome da banda é tal e blá, blá, blá. Procurem os alternativos. Vale à pena.








Quem quiser mostrar o seu trabalho no nosso blog, basta enviar e mail dizendo que se interessou em colocar uma entrevista no blog para: eneida.magalhaes@hotmail.com

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